Um dos privilégios em se estudar história e religião é poder sentir-se livre para analisar as mais variadas perspectivas que vêm sendo identificadas por estudiosos do tema. Devemos ter em mente a importância de apresentar uma mensagem relevante a uma sociedade exigente, estudar os conceitos da transmissão do conhecimento e observar a importância da participação coletiva em diálogos abertos, promovidos pelo mundo acadêmico e social, dessa forma propõe-se discussões em conjunto sobre como se pode pensar a importância do ensino religioso no Brasil.
Não é exatamente raro em
nosso meio uma forma de pensar segundo a qual a religião pertenceria senão ao
passado pelo menos a contextos sociopolíticos marcados pelo atraso. Religião,
no sentido mais forte do termo, só poderia existir antes do advento da
modernidade, ou naqueles lugares onde a modernidade não pôde chegar. E mais:
por geralmente termos em tão pouca conta a religião no presente, e ninguém há
de negar que há razões de sobra para isso, tendemos a minorar a importância da
religião no passado. Pois, se há uma coisa que as religiões demonstram desde
sempre, é a efetividade histórico-social das ideias.
A palavra religião, como
lembram os teólogos, vem do latim re-ligare, que quer dizer o sentimento
de voltar a algo inerente ao homem, o qual o homem teria perdido. O paraíso
perdido ou o tempo em que seu pensamento coincidia com sua vivência-mal
comparando, tal qual os animais e seus instintos, ou tal qual imaginou o
filósofo grego Parmênides quando disse que “ser e pensar são o mesmo”. Os
teólogos cristãos interpretam essa etimologia dizendo que a religião é a busca
do reencontro do homem com o seu criador, que estaria antes dele, que seria a
origem de tudo e a essência de todo o universal.
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